Embora o termo biometria se refira à qualquer forma de reconhecimento das características pessoais de um indivíduo, pela popularidade do método no mercado de Controle de Ponto e Acesso, os equipamentos biométricos viraram sinônimo de dispositivos com reconhecimento (biométrico) de impressão digital.
Nas últimas 2 décadas a tecnologia eletrônica para reconhecimento de impressões digitais evoluiu tremendamente.
A título de comparação, o 1º equipamento deste tipo que os membros da equipe da SIMPAX utilizaram, em 1998, custou pouco mais de US$ 4 mil FOB (custo no país de origem) e foi importado da Europa. Era do tamanho de um drive de disquetes de 3 1/2″ (ainda popular naquela época) e tinha um índice de falhas típico de aproximadamente 8 % (na média, 8 em cada 100 tentativas de reconhecimento verdadeiras falhavam).
Em contra-partida atualmente é possível comprar sensores por R$ 450,00 em lojas aqui no Brasil, além de já podermos encontrá-los embutidos em finíssimos celulares.
Apesar de todos estes avanços, esta tecnologia não é perfeita. Atualmente a taxa de falha típica destes dispositivos (com os ajustes padrões de fábrica) fica na faixa de 2%. Isto significa que 2 leituras em cada 100 que deveriam reconhecer a pessoa vão falhar. É o que chamamos de falsos negativos.
É possível mudar estes ajustes para diminuir esta taxa. Podemos tornar o leitor mais tolerante (menos restritivo), diminuindo o índice de falsos negativos, porém isto tem como conseqüência um aumento da possibilidade dos falsos positivos, que é a validação de uma pessoa no lugar de outra.
Em geral, pelas configurações padrões de fábrica dos fornecedores, os falsos negativos ficarão em torno de 2%, como já foi apresentado, enquanto os falsos positivos têm uma taxa muito, muito baixa.
Uma consequência negativa e que poucos percebem deste índice de falha no reconhecimento da pessoa correta é que ele tende a se concentrar nas mesmas pessoas. Embora qualquer pessoa possa experimentar um não reconhecimento indevido, existe um grupo da população que naturalmente têm dificuldade em utilizar dispositivos de reconhecimento digital: idosos; crianças; pessoas com pele excessivamente seca, ou úmida, ou oleosa; pessoas sem impressão digitais (acometidas de adermatoglifia); e pessoas que exercem atividades que provocam desgaste físico e/ou químico das impressões digitais.
Estas pessoas em geral têm uma péssima impressão desta tecnologia, pois enquanto o índice de falha é baixo com o restante da população, elas frequentemente (ou mesmo nunca) não conseguem marcar seus pontos e/ou autorizarem seus acessos.
Como então lidar com estas questões no seu Relógio de Ponto ou Controle de Acesso Biométrico? Com algumas medidas simples:
- Dar atenção ao cadastramento. A qualidade do cadastramento determina o reconhecimento.
- Escolher dedos que serão apresentados no leitor de forma que o gesto natural. Ficar com o corpo ou a mão numa posição torcida ou pouco natural tende a dificultar o correto posicionamento do dedo no sensor.
- Dar preferência para utilização dos polegares e dos indicares, quem têm maior área.
- Orientar os usuários quanto à importância da posição do dedo no sensor. Em geral há marcações físicas no equipamento para facilitar o posicionamento do dedo.
- Cadastrar mais de 1 dedo para uso. Se um não funcionar, o outro pode servir de backup.
- Cadastrar o mesmo dedo mais de 1 vez. O modo de operação mais comum atualmente é que os sensores dispensem a digitação de um código para localizar a digital (isto era o padrão no passado), pois os mesmos são capazes de comparar e localizar 1 digital entre milhares com rapidez. Ter o mesmo dedo cadastrado mais de 1 vez aumenta a chance de reconhecimento pois tende a criar amostras com áreas do dedo ligeiramente diferente e complementares.
- Manter o sensor limpo. Basta utilizar álcool isopropílico para limpeza se forem percebidas sujeira ou gordura no mesmo.
Ainda assim, se você estiver enfrentando dificuldade com alguns usuários, lembre-se do seguinte:
- A medida que mais pessoas são cadastradas, o tempo para reconhecimento aumenta. Tipicamente uma identificação leva entre 1 e 2 segundos quando o equipamento já tem várias centenas de cadastros.
- Avalie se a pessoa não está no grupo da população que tem aquela dificuldade natural com estes sistemas. Perceba que dentro da própria empresa a pessoa pode exercer uma função profissional (limpeza, marcenaria, trabalhos pesados e/ou com produtos químicos abrasivos etc.) que danifique a digital ao longo do tempo, tornando necessário o recadastramento periódico.
- Recadastre as digitais da pessoa (não custa enfatizar).
- E, em último caso, opte por deixar que esta pessoa use um Cartão RFID como meio de identificação alternativa.
É muito importante conhecer, além destas dicas, como funciona a Operação de Meios de Identificação Biométricos no Simpax.