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PERGUNTAS E RESPOSTAS (sobre as Portarias MTE 1510/2009 e 373/2011)

1 – Você sabe quais são os principais pontos da Portaria 1.510/2009?
a. Proíbe todo tipo de restrição à marcação de ponto, marcações automáticas e alteração dos dados registrados;
b. Estabelece requisitos para o equipamento de registro de ponto, identificado pela sigla REP (Registrador Eletrônico de  Ponto);
c. Obriga a emissão de comprovante da marcação a cada registro efetuado no REP;
d. Estabelece os requisitos para os programas que farão o tratamento dos dados oriundos do REP;
e. Estabelece os formatos de relatórios e arquivos digitais de registros de ponto que o empregador deverá manter e apresentar à fiscalização do trabalho.

2 – Quando a portaria entra em vigor?
Na data de sua publicação, 25/08/2009, exceto para o uso do REP, cujo início da obrigatoriedade depende da atividade econômica do empregador. Registre‐se que tal obrigatoriedade se aplica apenas aos empregadores que utilizam registro eletrônico de ponto. 

Os empregadores que exploram atividades na indústria, no comércio em geral, no setor de serviços, incluindo, entre outros, os setores financeiro, de transportes, de construção, de comunicações, de energia, de saúde e de educação são obrigados a usar o REP a partir do dia 02/04/2012. Os empregadores que exploram atividade agro- econômica nos termos da Lei n.º 5.889, de 8 de julho de 1973 são obrigados a usar o REP a partir do dia 01/06/2012 e as microempresas e empresas de pequeno porte, definidas na forma da Lei Complementar nº 126/2006 são obrigadas a utilizar o REP a partir do  dia 03/09/2012. Observe-se que nos primeiros noventa dias de obrigatoriedade de utilização do REP a fiscalização será orientativa, conforme art. 627 da CLT e art. 23 do Decretonº 4.552/2002, Regulamento da Inspeção do Trabalho.

3 – Qual o prazo para a adaptação dos programas de tratamento dos dados de registro de ponto à portaria?
A  obrigação  de  adaptação  do  dos  programas  às  exigências  da  Portaria  entrou  em  vigor  na  data  da  sua  publicação  (25/08/2009). A fiscalização teve caráter orientativo nos primeiros 90 dias de vigência. 

4 – O uso de registro eletrônico de ponto passou a ser obrigatório?
Não. O artigo 74 da CLT faculta o uso de registro de ponto manual ou mecânico. Porém, se o meio eletrônico for adotado, deverão ser seguidas as instruções da Portaria MTE nº 1.510/2009.

5 – Quais os principais requisitos do REP?
a. Ter como finalidade exclusiva a marcação de ponto;
b. Possuir memória das marcações de ponto que não possa ser alterada ou apagada;
c. Emitir comprovante a cada marcação efetuada pelo trabalhador;
d. Não possuir mecanismo que permita marcações automáticas ou restrições às marcações.

6 – O MTE especificará um modelo de referência de REP?
Não. Cada fabricante de equipamentos deverá desenvolver seu equipamento. O MTE estabeleceu regras que devem ser seguidas, mas não especificará tecnologias para a implementação do REP.

7 – Quem atesta que o REP atende aos requisitos da Portaria  1510?
Órgãos técnicos credenciados pelo MTE são responsáveis por certificar que os equipamentos atendem as normas vigentes, especialmente a Portaria MTE nº 1.510/2009.

8 – Será permitido o registro de ponto em terminal de computador?
Não. O registro de ponto de forma eletrônica deverá ser feito obrigatoriamente por meio do REP.

9 – O empregador pode restringir o horário de marcação de ponto?
Não. Nenhuma restrição à marcação é permitida.

10 – Se nenhum dado pode ser alterado ou apagado, qual o procedimento para marcações incorretas?
O Programa de Tratamento admitirá a inserção justificada de informações, seja para a inclusão de marcação faltante, seja para a assinalação de marcação indevida. Porém, os dados originais permanecerão.

11 – O REP poderá emitir um comprovante de marcação de ponto por dia?
Não. É obrigatória a emissão de um comprovante a cada batida.

12 – A emissão do comprovante do trabalhador é obrigatória desde já?
Não. A emissão do comprovante será exigida a partir do momento em que a empresa começar a utilizar o REP. O prazo de utilização do REP depende da atividade econômica do empregador. Aqueles que exploram atividades na indústria, no comércio em geral, no setor de serviços, incluindo, entre outros, os setores financeiro, de transportes, de construção, de comunicações, de energia, de saúde e de educação são obrigados a usar o REP a partir do dia 02/04/2012. Os empregadores  que exploram atividade agro econômica nos termos da Lei n.º 5.889, de 8 de julho de 1973 são obrigados a usar o REP a partir do dia 01/06/2012 e as microempresas e empresas de pequeno porte, definidas na forma da Lei Complementar nº 126/2006 são obrigadas a utilizar o REP a partir do dia 03/09/2012. 

13- Após a entrada em vigor da Portaria 1510 em sua plenitude, os equipamentos eletrônicos de registro de ponto que não sigam os requisitos nela estabelecidos poderão continuar a ser utilizados?  
Não. Apenas serão permitidos os equipamentos registrados no MTE, ressalvado o disposto na Portaria 373/2011. Ressalte-se que toda análise de sistemas de controle de ponto não disciplinados pela Portaria 1.510/2009, será feita pelo Auditor‐Fiscal do Trabalho, no momento de fiscalização no estabelecimento do empregador. Caso não atenda aos requisitos estabelecidos na referida Portaria, o sistema será descaracterizado e serão tomadas as medidas aplicáveis ao caso. 

14 – Os relatórios e arquivos digitais, na forma padronizada prevista na portaria, já são obrigatórios?
Sim, à exceção do Arquivo Fonte de Dados no formato previsto. Este, até que o REP torne‐se obrigatório, será fornecido pelo  empregador no formato produzido pelo equipamento atualmente em uso.

15 – Como o empregador poderá saber se o REP é certificado?
Os equipamentos certificados são cadastrados no MTE e poderão ser consultados por meio de seu sítio na internet.

16 – Haverá certificação para os programas de tratamento dos dados?
Não.  Caberá  ao  fornecedor  dos  programas  garantir  que  estes  atendem  aos  requisitos  da  portaria.  Também  cabe  ao  empregador usuário dos programas verificar a adequação destes à portaria.

17 – Quais os órgãos credenciados para a certificação de REP?
A relação dos órgãos credenciados já está à disposição no sítio do MTE. (texto atualizado).

18 – Os fabricantes de REP deverão se cadastrar no MTE?
Sim. O Cadastramento será feito pela internet, no sítio do MTE, em página que estará disponível em breve.

19 – Haverá cadastramento dos fornecedores de programas de tratamento de registros de ponto eletrônico?
Não. Estes deverão apenas entregar ao empregador usuário Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade, que deverá permanecer arquivado à disposição da Inspeção do Trabalho.

20 – O empregador poderá desenvolver o seu própio Sistema de Registro de Ponto Eletrônico (SREP)?
Sim,  desde  que  atendidos  todos  os  requisitos  previstos  na  portaria.  No  caso  do  REP,  este  deverá  seguir  os  procedimentos de certificação do equipamento e cadastramento no MTE. O Programa de Tratamento também poderá ser criado pelo empregador, neste caso o responsável técnico assinará o Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade previsto na portaria, o qual ficará disponível para a fiscalização do trabalho.

21 – A portaria 1510 trata do controle de acesso do empregado ao local de trabalho?
Não. A portaria trata exclusivamente do controle de jornada de trabalho. O acesso ao local de trabalho, seja por catraca eletrônica ou qualquer outro meio, por empregados ou qualquer pessoa é determinado pelo poder diretivo do empregador sobre seu estabelecimento, respeitadas as restrições previstas na legislação.

22 – A portaria 1510 franqueia ao empregado livre acesso ao local de trabalho, independente do horário?
Não. O inciso I do art. 2° prevê que não haja qualquer restrição à marcação de ponto. A portaria não altera em nada o poder do empregador de controlar o acesso do empregado ao local de trabalho, nem de fazer cumprir a jornada do trabalhador. O SREP deve apenas registrar fielmente as jornadas efetivamente praticadas pelos empregados, ou seja os horários de início e  término de jornada e de intervalos, quando não pré assinalados.

23 – A marcação de ponto poderá ser feita remotamente?
Não. As marcações de ponto só poderão ser efetuadas diretamente no REP, pelo empregado.

24 – O REP poderá se comunicar com outros equipamentos?
Sim. O REP, desde que certificado por órgão técnico credenciado pelo MTE, poderá ser conectado a outros equipamentos, seja para enviar informações sobre os registros armazenados, seja para receber dados de identificação dos empregados para  configuração. Dois pontos importantes a observar:
a) O REP não pode depender de conexão externa para seu funcionamento, conforme inciso VII do art. 4°.
b) De acordo com o inciso VIII do art. 4°, não pode haver comunicação durante a marcação de ponto, compreendida como os  passos descritos nas alíneas do inciso I do art. 7°. Ou seja, a comunicação com dispositivos externos só pode ocorrer quando o  equipamento estiver em estado de espera e essa comunicação não deve afetar a disponibilidade do equipamento para que o  trabalhador possa efetuar a marcação de ponto.

25 – O REP pode ter função de catraca eletrônica ou fazer parte dela?
Não. O art. 3° prescreve que o REP será usado exclusivamente para o registro de ponto, portanto não pode ter outras  funcionalidades.

26 – O REP deverá funcionar no mínimo 1.440 horas em caso de falta de energia?
Não. O requisito de funcionamento de 1.440 horas em caso de falta de energia se aplica unicamente ao relógio interno do REP e não a todo o equipamento.

27 – Uma empresa poderá utilizar sistema eletrônico em um setor/estabelecimento e manual em outro?
Sim. A Portaria 1.510/2009 disciplina apenas o sistema eletrônico. Não cria nenhuma restrição à utilização dos sistemas  manuais e mecânicos.

28 – Poderão ser incluídas no REP informações sobre o horário de trabalho do empregado, férias, afastamentos, etc?
Não. O REP serve unicamente como meio de marcação de ponto. Informações sobre o horário contratual do empregado e outras necessárias à apuração da jornada deverão estar disponíveis no Programa de Tratamento de Registro de Ponto.

29 – Se o horário do empregado não estará disponível no REP, como o equipamento identificará se uma marcação é  de entrada ou de saída?
O reconhecimento das marcações como entrada ou saída ao serviço será feita no Programa de Tratamento de Registro de Ponto com base na ordem em que são registradas.

30 – Uma vez que o empregado será identificado no REP pelo PIS, como fazer com o trabalhador recém admitido  que ainda não possui número de PIS?
Todo trabalhador precisa ter número de PIS, até para efeito de recolhimento ao FGTS e informação ao CAGED. Para o empregado de primeiro emprego, caso não possua PIS nos primeiros dias de trabalho, o controle poderá ser feito manual ou  mecanicamente até que ele receba o seu número de PIS.

31 – Até a entrada em vigor da obrigatoriedade de utilização do REP a que o empregador não está obrigado? 
Neste período o empregador não está obrigado a:
1. utilizar o REP;
2. ao não utilizar o REP, não será obrigado à geração dos dados originais na forma do Arquivo‐Fonte de Dados ‐ AFD;
3. ao não utilizar o REP, não será obrigado à impressão do comprovante do trabalhador;
4. ao não utilizar o REP, não será obrigado à emissão da Relação Instantânea de Marcações com as marcações efetuadas nas  vinte e quatro horas precedentes.
Lembrando que, caso o empregador adote o REP, mesmo antes de ser obrigado, todas as obrigações decorrentes do uso do  mesmo deverão ser observadas. Ver resposta à pergunta 170. (texto atualizado)

32 – A Portaria 1510 revogou a portaria 1.120/1995?
A Portaria 1.510/2009 não revogou a Portaria 1.120/1995. Isso só ocorreu com a edição da Portaria 373/2011 que regulou, de forma semelhante, a adoção de sistema alternativo de controle de jornada de trabalho, desde que prevista em convenção ou acordo coletivo de trabalho. Essa mesma portaria permite e disciplina a adoção de sistema alternativo de controle eletrônico  de ponto, desde que autorizado por acordo coletivo de trabalho. 

33 – O que fazer quando a memória MRP encher?
A solução técnica será criada pelo fabricante e certificada pelo órgão técnico credenciado de forma a atender à legislação relativa à guarda de documentos e informações.

34 – Uma empresa terceirizada poderá utilizar o REP da tomadora de serviço para marcação da jornada dos seus trabalhadores que prestam serviço no local da contratante?
Não. A Portaria MTE 1.510/2009 não prevê mais de um empregador por REP. 

35 – Os equipamentos atualmente em uso podem ser adaptados para se transformarem em REP?
A  solução  técnica  para  fabricação  do  REP  é  do  fabricante,  que  deve  observar  o  disposto  na  Portaria  1.510/2009,  especialmente a necessidade de certificação por órgão técnico credenciado.

36 – Quando a Portaria entrar totalmente em vigor, será admitida alguma forma de registro eletrônico de ponto  que não utilize o REP?
Não. A utilização de REP será obrigatória, ressalvado o disposto na Portaria 373/2011. Ressalte-se que toda análise de sistemas de controle eletrônico de ponto  não disciplinados pela Portaria 1.510/2009 será feita pelo Auditor‐Fiscal do  Trabalho, no momento de fiscalização no estabelecimento do empregador. Caso não atenda aos requisitos estabelecidos na referida portaria, o sistema será descaracterizado e serão tomadas as medidas aplicáveis ao caso. 

37 – A Portaria MTE 1.510/2009 aplica‐se a trabalhadores não regidos pela CLT?
Não.

38 – Será definido algum padrão de implementação para o Programa de Tratamento?
Não, cada desenvolvedor deverá definir a forma como implementará esse programa, respeitando as regras da Portaria MTE 1.150/2009, que exige, entre outros requisitos, que não haja modificação ou exclusão dos dados originais e que sejam  emitidos relatórios e arquivos de dados padronizados.

39 – Serão definidas as justificativas que serão aceitas para as correções de marcações no Programa de Tratamento?
Não. É responsabilidade do empregador controlar o ponto dos empregados, dessa forma cabe a ele incluir e documentar as justificativas que, eventualmente, poderão ser analisadas pela Fiscalização do Trabalho ou mesmo pela Justiça do Trabalho. Essa definição decorre do poder diretivo do empregador.

40 – Adotado o REP, é obrigatório o registro do intervalo de repouso no equipamento?
Não. O § 2º do art. 74 da CLT admite a pré-assinalação do período de repouso. É facultado ao empregador exigir ou não o registro da entrada e saída dos intervalos de seus empregados. Entretanto, as convenções e acordos coletivos de trabalho poderão prever a obrigatoriedade da marcação nos intervalos.

41 – As pausas de 10 minutos, previstas na Norma Regulamentadora 17 ‐ Ergonomia ‐ em seu item 17.6.4, item c,  para atividade de entrada de dados em sistemas de processamento eletrônico de dados, devem ser marcadas no REP?
Não, esses 10 minutos não constituem intervalo de repouso/alimentação, mas sim pausas inseridas na jornada de trabalho para garantir a saúde do trabalhador. O empregador deverá utilizar outra forma de controle das pausas para demonstrar o  cumprimento da citada norma.

42 – O REP emitirá copia do Comprovante de Registro de Ponto do Trabalhador para o empregador?
Não. O Comprovante será emitido em via única destinada ao trabalhador.

43 – Quando adotado o REP, o que o empregador deverá fazer quando o equipamento não estiver funcionando?
A solução para uma eventual indisponibilidade do REP é de responsabilidade do empregador, mas, dentre as possíveis alternativas, ele poderá utilizar o controle manual.

44 – Quais serão as consequências para quem tiver um sistema de ponto eletrônico não adequado às normas do MTE?
O ponto eletrônico utilizado de forma diversa do previsto na Portaria MTE 1.510/2009, ou na Portaria 373/2011, não servirá para comprovar o cumprimento da obrigação prevista no art. 74 da CLT, ou seja, acarretará todas as consequências legais  dessa omissão, entre as quais a aplicação  de multas administrativas e as dificuldades de apresentação de elementos  comprobatórios da jornada de trabalho em eventual ação judicial. 

45 – A portaria prevê a tecnologia que será empregada na impressão, por exemplo impressão matricial ou térmica?
Não. O fabricante escolherá a alternativa que achar mais conveniente. A portaria apenas determina que a impressão deverá ter duração de 5 anos em condições normais. Cabe ao fabricante indicar os insumos que atendem à exigência de durabilidade  e ao empregador seguir a indicação do fabricante.

46 – No momento do registro da jornada, o REP pode se comunicar com equipamentos externos para obter dados necessários à identificação do empregado? Por exemplo, comunicar-se com o banco de dados central da empresa para  verificar dados biométricos?
Não.  Todos  os  dados  necessários  à  operação  do  REP  deverão  estar  armazenados  na  Memória  de  Trabalho  (MT)  do  equipamento.

47 – O REP poderá ser programado para fazer automaticamente o ajuste para o horário de verão?
Sim. O ajuste deverá ser registrado na Memória de Registro de Ponto, conforme inciso III do art. 6º da Portaria MTE  1.510/2009.

48 – Os fabricantes de REP deverão obrigatoriamente fabricar o Programa de Tratamento para fornecê‐lo com o  equipamento?
Não. O fabricante pode fornecer o Programa de Tratamento se quiser.

49 – O empregador pode utilizar para seu controle modelo de Espelho de Ponto diferente do especificado no anexo
II?

Sim. O empregador pode utilizar outro modelo de relatório para o seu controle, desde que mantenha o Relatório de Espelho de Ponto, conforme o anexo II da Portaria MTE 1.510/2009 à disposição inspeção do trabalho para apresentação quando  requisitado.

50 – A empresa deve imprimir todos os meses os Relatórios de Espelho de Ponto?
A empresa é livre para escolher o momento da impressão, desde que os relatórios estejam à disposição da inspeção do  trabalho na forma legal.

51 – Como ficam as empresas que adotam o ponto eletrônico mas possuem empregados que realizam trabalho externo?
Nesse caso, as empresas devem utilizar a papeleta de serviço externo prevista no art. 13, parágrafo único, da Portaria MTE  3.626/1991.

52 – Quando os empregadores usuários de SREP deverão se cadastrar no MTE?
O MTE tornou disponível, em 26 de novembro de 2009, página da internet para que os empregadores usuários do SREP façam seu cadastro, conforme o art. 20 da Portaria MTE 1.510/2009. 

53 – A Portaria MTE 1.510/2009 define o método que o REP utilizará para a identificação do empregado, tal como  cartão magnético ou biometria?
Não, cada fabricante poderá escolher o método que julgar mais conveniente.

54 – Os arquivos eletrônicos mencionados na Portaria MTE 1.510/2009 devem ser impressos?
Não, o AFD será obtido pelo fiscal do trabalho diretamente no REP, já o AFDT e o ACJEF devem ser fornecidos à fiscalização em meio eletrônico imediatamente quando requisitados.

55  –  O  Programa  de  Tratamento  poderá  ter  outras  funcionalidades  e  gerar  outros  relatórios  que  não  os  obrigatórios?
Sim, o Programa de Tratamento pode ter outras funcionalidades, desde que não proibidas pela Portaria MTE 1.510/2009.

56 – Se, fora o intervalo previsto no art. 71 da CLT, a empresa concede aos empregados outros intervalos para lanche, esses intervalos devem ser registrados no REP?
Os intervalos não deduzidos da duração do trabalho não devem ser registrados no REP.

57 – O REP poderá ser mudado de estabelecimento?
O REP poderá ser movimentado. Quando houver alteração do local da prestação do serviço, essa informação deverá ser assinalada no equipamento, conforme art. 5º e 6º da Portaria MTE 1.510/2009.

58 – Quais os sistemas que se enquadram no SREP?
Aqueles em que sejam usados meios eletrônicos para identificar o trabalhador, tratar, armazenar ou enviar qualquer tipo de informação de marcação de ponto.

59 – Um empregador que use o registro de ponto manual ou mecânico e posteriormente digite esses dados em computador para apuração está enquadrado na Portaria 1510?
Não, se o registro do ponto for manual ou mecânico não há enquadramentona Portaria MTE 1.510/2009.

60 – A Portaria 1510 define uma quantidade máxima de trabalhadores que utilizarão cada REP?
Não. Se a opção for pelo Registro Eletrônico de Ponto, é responsabilidade do empregador disponibilizar equipamentos em quantidade e capacidade suficiente para atender aos empregados. É também responsabilidade do empregador manter o equipamento com o papel necessário para a quantidade de registros que serão efetuados.

61 – Quando deverá ser emitida a Relação Instantânea de Marcações, prevista no inciso IV do caput do art. 7° da  Portaria 1510?
A Relação Instantânea de Marcações é documento previsto para o uso da Fiscalização do Trabalho. O REP deverá dispor de comando, a ser acionado pelo Auditor Fiscal do Trabalho, para permitir a impressão dessa relação durante a inspeção.

62 – Enquanto a exigência para uso do REP não entrar em vigor, é permitido o registro de ponto por terminal de  computador?
Sim.

63 – A porta fiscal do REP pode ter outra função além de “gravação do AFD em dispositivo externo de memória”?
Não. Essa porta é para uso exclusivo da fiscalização. O REP deverá ter outros conectores para o intercâmbio de dados.

64 – Como e quando devem ser registrados os intervalos quando esses são pré‐assinalados?
Os intervalos pré‐assinalados serão registrados utilizando‐se o Programa de Tratamento e deverão constar do AFDT. Neste  arquivo os horários relativos aos intervalos pré-assinalados serão listados nos registros de detalhe onde o campo 9 deverá ser  preenchido com “P”.

65 – Quais são os documentos, relatórios e arquivos que o empregador deverá fornecer à fiscalização do trabalho, segundo a Portaria 1510?
a. AFD ‐ Arquivo Fonte de Dados ‐ gerado diretamente pelo REP mediante comando do auditor‐fiscal do trabalho;
b. Relatório Instantâneo de Marcações ‐ gerado diretamente pelo REP mediante comando do auditor‐fiscal do trabalho;
c. AFDT ‐ Arquivo Fonte de Dados Tratados, quando solicitado pelo auditor‐fiscal do trabalho;
d. ACJEF ‐ Arquivo de Controle de Jornada para Efeitos Fiscais, quando solicitado pelo auditor‐fiscal do trabalho;
e. Relatório Espelho de Ponto, quando solicitado pelo auditor‐fiscal do trabalho;
f. Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade fornecido pelo fabricante do REP. Um para cada equipamento utilizado pelo  estabelecimento, quando solicitado pelo auditor‐fiscal do trabalho;
g. Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade fornecido pelo desenvolvedor do Programa de Tratamento, mesmo que  seja desenvolvido internamente pela empresa, quando solicitado pelo auditor‐fiscal do trabalho.

66 – As faltas abonadas, licenças e períodos de férias devem ser listadas no ACJEF e no Relatório Espelho de Ponto?
Não, apenas os dias em que o trabalhador deve cumprir jornada devem ser listados. Observe que as faltas, sejam parciais ou integrais, devem constar do ACJEF e do Relatório Espelho de Ponto.

67 – No caso da empresa que utilize ponto eletrônico, mas ainda não implantou o REP, como será gerado o AFDT?
O AFDT é gerado tomando como base os dados originais de registro de ponto, assim, enquanto o REP não for implantado, AFDT deverá ser gerado a partir do conjunto de dados do sistema de ponto eletrônico em uso. Nesse caso o campo 06 do  registro de detalhe será preenchido com zeros.

68 – O empregador deverá manter o AFDT e o ACJEF relativos a cada mês de apuração armazenados à disposição da  fiscalização ou poderá gerá‐los sob demanda?
As duas opções são válidas, porém, caso o empregador resolva gerá‐los a partir do pedido da fiscalização, a produção desses arquivos deve ser imediata, no momento em que forem solicitados pelo auditor fiscal.

69 – O empregador que já utiliza o ponto eletrônico pode passar a utilizar o sistema manual ou mecânico de  anotação de jornada?
Sim.

70 – O MTE fornecerá modelo do “Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade”?
Sim, conforme anexos da Portaria 793/2011. 

71 – Como o empregador deve proceder no caso de uma marcação incorreta ou da falta de registro de ponto?
Esses casos devem ser atendidos pelo Programa de Tratamento e documentados no AFDT. Na situação de marcação incorreta, ou seja, quando o empregado marcar uma entrada ou saída sem ter realmente entrado ou saído do trabalho ou quando o fizer em duplicidade, esse registro deve ser sinalizado como marcação desconsiderada (‘D’) no campo 7 do AFDT e na justificativa a ocorrência deve ser explicada. Se houve falta de marcação de ponto, deve ser incluído no AFDT o correto horário de entrada ou saída do empregado, bem como a justificativa para a omissão da marcação, e o campo 9 dever ser  informar que aquela marcação foi incluída.

72 – Quais são as “marcações indevidas” citadas no art. 12, parágrafo único, da Portaria 1510?
São aquelas que não correspondem efetivamente a entrada ou saída do trabalho, ou aquelas feitas em duplicidade.

73  –  Qual  a  quantidade  mínima  de  empregados  no  estabelecimento  para  que  o  registro  de  ponto  torne‐se  obrigatório?
Continua válido o art. 74, § 2º, da CLT. Ele determina que “Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico”. Observe‐se que norma coletiva pode obrigar o estabelecimento empregador a efetuar o registro de ponto, mesmo com número de empregados  inferior a 11.

74 – Os estabelecimentos com até 10 empregados, portanto desobrigados do registro de ponto, se optarem pelo registro eletrônico, deverão seguir a Portaria MTE 1510?
Sim.

75 – Quando a marcação estiver dentro da tolerância prevista no art. 58, § 1º, da CLT, o horário deve ser corrigido no AFDT?
Não, o horário da marcação deve ser mantido como foi registrado.

76 – Como preencher os campos de horas extras e de saldo de horas a compensar do item 3.3 do Anexo I da Portaria MTE 1.510/2009 (Detalhe ACJEF)? ‐ Arquivo PDF (64kb)
Resposta em arquivo anexo.

77 – Após 21/08/2009 houve alguma alteração na Portaria MTE 1.510/2009?
Sim. No sítio do MTE encontra-se o texto da Portaria MTE 1.510/2009 consolidando as alterações ocorridas no texto original. 

78 – É necessário enviar os arquivos gerados nos formatos especificados na Portaria 1510 para o MTE?
Não. O AFD deve estar sempre disponível no REP para que o auditor‐fiscal do trabalho possa fazer uma cópia por meio da porta fiscal. Os outros arquivos devem ser apresentados ao auditor-fiscal do trabalho, quando solicitados.

79 – O fornecedor do Programa de Tratamento é responsável pelo conteúdo do AFD?
O AFD é gerado pelo REP e não pelo Programa de Tratamento, mas o fabricante do Programa de Tratamento assina termo de responsabilidade afirmando expressamente que seu programa atende às determinações da Portaria MTE 1.510/09. Assim,  será responsabilizado se o seu programa possibilitar que o AFD seja alterado.

80 – Os relógios de ponto mecânicos que imprimem a marcação em cartão de papel poderão ainda ser utilizados?
Sim, desde que não usem meio eletrônico para identificar o trabalhador, tratar, armazenar ou enviar qualquer tipo de informação de marcação de ponto. Se possuírem estes recursos, deverão atender aos requisitos do SREP.

81 – De acordo com o anexo II temos que emitir, no espelho do ponto eletrônico, o período da folha de pagamento, porém se o período da folha é de 01 a 30 e o período de apuração do ponto é de 26 a 25 de cada mês, qual desses períodos  deve ser listado no espelho?
Portaria 1510 se refere ao período de apuração do ponto para efeito de folha de pagamento. Assim, no caso em questão é do dia 26 ao dia 25 do mês seguinte.

82 – A assinatura do “Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade”, previsto no artigo art. 18 da Portaria 1510, pode ser digitalizada?
Não. A imagem da assinatura digitalizada não tem valor legal. O Ministério do Trabalho e Emprego regulamentou, por meio  da Portaria 793/2011, a possibilidade da utilização da certificação digital para assinatura do Atestado Técnico e Termo de  Responsabilidade. (texto atualizado)

83 – Se o empregado, sem autorização do empregador, efetuar marcação de saída após o horário de sua jornada, qual o procedimento deve ser adotado?
O  SREP  deve  registrar  os  horários  efetivamente  trabalhados.  Se  o  empregado  tiver  trabalhado,  o  horário  deve  ser  considerado para efeito de pagamento. O Programa de Tratamento prevê a possibilidade de correções. A justificativa da  correção  será  analisada  pelo  auditor‐fiscal  do  trabalho  no  momento  da  fiscalização.  Questões  relacionadas  ao comportamento do empregado não dizem respeito à Portaria MTE 1.510/2009 e sim ao poder diretivo do empregador.

84 – As informações relativas ao CNPJ/CEI e à razão social dos arquivos AFD, AFDT e ACJEF se referem à empresa  (matriz) ou ao estabelecimento?
Ao estabelecimento onde ocorre a prestação do serviço pelo empregado.

85 – A Emissão da Relação Instantânea de Marcações deverá ser impressa ou armazenada no dispositivo externo do  auditor Fiscal?
Deverá ser impressa pela impressora do REP.

86 – No relatório do espelho do ponto, quando o empregado possuir batidas em um dia de descanso em que não existe um horário contratual, o campo CH deve ser preenchido com qual valor?
No dia de folga em que não existe um horário contratual de trabalho, caso o empregado trabalhe, o campo CH deve ser  preenchido com “0000″.

87 – Um órgão público que tenha empregados regidos pela CLT e servidores estatutários estará obrigado a utilizar o REP para os empregados regidos pela CLT? Em caso afirmativo, o órgão poderá, opcionalmente, incluir os servidores estatutários no REP, fazendo a separação no Programa de Tratamento? 
Sim. Todo empregador que tenha mais de dez empregados regidos pela CLT e que opte por sistema eletrônico de ponto, será obrigado a usar o REP. Não há problema em incluir, opcionalmente, servidores estatutários, desde que sejam separados no Programa de Tratamento e nos documentos a serem apresentados à fiscalização.

88 – No leiaute do relatório Espelho de Ponto, deve-se informar a jornada realizada com entrada e saída. No  modelo que consta no Anexo II da Portaria MTE 1.510/2009, têm‐se três períodos (entrada e saída). Se o empregado efetuar mais de três entradas ou saídas no mesmo dia, deverão ser criadas mais colunas na tabela de jornadas realizadas?
Não. Caso existam mais de três entradas/saídas no dia do início dessa jornada, deve‐se repetir a data em outra linha da  coluna DIA e utilizar, nessa outra linha, as colunas existentes. Por exemplo, se o empregado tiver uma quarta entrada e/ou  saída, a primeira coluna ficará com duas linhas preenchidas e as demais, apenas com uma. Observar a resposta da questão  56.

89 – No leiaute do relatório Espelho de Ponto, é explanado que quando uma jornada se inicia em um dia e termina em outro (horário noturno), deve‐se gerar duas linhas. O que deve constar na coluna DIA?
No caso da jornada se iniciar em um dia e terminar em outro, os registros de horários referentes ao dia do inicio estarão em uma linha, onde será informado este dia. Os registros do dia seguinte serão colocados na próxima linha, que terá a coluna DIA preenchida com este dia. Caso exista entrada em outra jornada no mesmo dia que ocorreu a saída da anterior, esta entrada  deverá ocupar uma nova linha, repetindo-se o dia. O campo DIA sempre conterá o dia em que foram realizadas as marcações  contidas naquela linha.

90 – No arquivo de controle de jornada para efeitos fiscais, consta que o código do horário deve ser sequencial,  iniciando‐se em 0001. Pode‐se somente listar os horários contratuais em ordem de código sem preencher o código sequencial?
Não. O código sequencial é obrigatório.

91 – O Arquivo de Fontes de Dados Tratado AFDT, item 2.2 do Anexo I, existe o campo 9 para informar se a marcação é Original, Incluída ou Pré‐Assinalada. Qual o objetivo do tipo PRE‐ASSINALADO?
O tipo marcação pré-assinalada é para ser utilizado quando o empregador utilizar a previsão legal de pré‐assinalação dos  intervalos intrajornada para repouso/alimentação. Neste caso as entradas e saídas do intervalo não serão registradas no REP, mas deverão constar no AFDT com a sinalização de horário pré‐assinalado ‐ “P”.

92 – Em uma empresa que possui várias filiais, o empregado da matriz, pode efetuar as marcações no REP da filial e  vice‐versa?
Sim, desde que o Programa de Tratamento considere as marcações obtidas em todos os REPs da empresa (todos os estabelecimentos) onde tenha havido consignação por aquele empregado. Observar que o estabelecimento ondehouve a consignação do empregado terá marcações no AFD que não constarão do AFDT e o estabelecimento que cedeu o empregado terá marcações no AFDT que não constarão do AFD. (texto atualizado).
Exemplo: um determinado empregado registrado na filial A trabalhou durante certo período na filial B. Os registros de sua  jornada contida no REP (e, portanto, no AFD) da filial B deverão ser inseridos no AFDT e no ACJEF da filial A, e não no AFDT e  no ACJEF da filial B.

93 – Quando em um estabelecimento houver vários REPs, deverá ser gerado um AFDT para cada AFD?
Não. A alínea f do item 2.2 da Portaria MTE 1.510/2009 prevê que todos os registros do período apurado devem estar em um único AFDT. Assim, quando o auditor fiscal do trabalho solicitar, deve ser apresentado apenas um AFDTcom todos os registros relativos ao estabelecimento, originários de todos os AFD que esse estabelecimento possuir.

94 – Após a entrada em vigor da obrigatoriedade de utilização do REP, existirá um prazo em que a fiscalização será  orientadora? 
Sim, segundo a Instrução Normativa nº 85/2010 o Auditor-Fiscal do Trabalho deverá respeitar o critério da dupla visita, instruindo os responsáveis pela empresa e fixando, em notificação, prazo de trinta a noventa dias.

95 – A empresa que no mesmo local físico tenha mais que um CNPJ (atividades diferentes) e os empregados estão alocados cada um no seu CNPJ de registro deverá adquirir mais de um REP, ou poderá usar o mesmo REP para todas as  marcações?
Segundo a Instrução Normativa Nº 85/2010, cada Registrador Eletrônico de Ponto ‐ REP somente poderá conter empregados  do mesmo empregador, excetuados os seguintes casos:
I ‐ registro de jornada do trabalhador temporário regido pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974 no REP do tomador de  serviços, posto que a subordinação direta por este exercida obriga‐o a atender ao disposto no § 2º do art. 74 da CLT em  relação ao referido trabalhador, sem prática discriminatória em comparação aos demais empregados; e
II ‐ empresas de um mesmo grupo econômico, nos termos do § 2º do art. 2º da CLT, que podem determinar a consignação  das marcações de ponto no mesmo REP dos seus empregados que compartilhem o mesmo local de trabalho ou que estejam  trabalhando em outra empresa do mesmo grupo econômico.
Parágrafo único. Ocorrendo alguma das situações mencionadas nos incs. I e II do caput, o Programa de Tratamento de  Registro de Ponto deverá identificar o empregado e considerar as respectivas marcações para o controle de ponto da  empresa empregadora.

96 – A empresa que possui um equipamento com registro biométrico, pode utilizar esta maquina para o registro de  ponto dos seus empregados?
Só poderá utilizá-la se essa máquina estiver certificada e registrada no sítio do Ministério do Trabalho e Emprego, como REP.

97 – A partir de quantos empregados a empresa precisa mudar o sistema de ponto para REP?
O empregador não é obrigado a mudar seu sistema de registro de ponto para o REP, a não ser que ele opte por utilizar sistema eletrônico de registro de ponto. Independentemente do número de empregados, ele pode optar pelo sistema  mecânico ou manual. Se optar pelo sistema eletrônico de ponto, estará sempre obrigado a usar o REP.

98 – No art. 5º, inciso I da Portaria 1.510/2009, o que seria a informação “Identificador do Empregador”?
É o número do CNPJ ou do CPF do empregador.

99 – Uma cooperativa de produção que não tem empregados, mas apenas cooperados que marcam seu ponto diariamente, é necessário mudar o relógio ponto?
Portaria 1510 aplica‐se exclusivamente aos empregados regidos pela CLT.

100 – Os empregadores rurais também estão abrangidos pela Portaria 1510?
Sim, desde que optem pelo sistema eletrônico de ponto.

101 – Uma empresa tem várias obras no mesmo local e para cada uma delas existe um CEI. Há de ser adquirido um  REP para cada CEI?
Se um mesmo CNPJ for o responsável por esses CEI, pode ser usado o mesmo REP,  desde que ele esteja sempre disponível para todos os empregados das obras.

102 – O empregador que utiliza o REP é obrigado a fornecer ao empregado cópia do espelho de ponto? O empregado tem de assinar esse documento?
No caso de sistema de ponto eletrônico, não há obrigação de fornecimento de cópia do espelho de ponto ao empregado, tampouco de ele assinar tal documento. Deve-se atentar, entretanto, para algumas convenções e acordos coletivos que  exigem o fornecimento mensal de um extrato do banco de horas aos empregados. 

103 – Empresas comerciais no Simples Nacional, tendo de 01 a 13 empregados, algumas usando o registro de ponto manual e outras usando o relógio de ponto, estão obrigadas ao uso do SREP?
Todos  os  empregadores  que  mantém  até  10  empregados  estão  desobrigados  de  possuírem  registro  de  ponto  dos  empregados.  Saliente‐se  que  o  fato  de  os  empregadores  serem  inscritos  no  simples  nacional  não  traz  quaisquer consequências para a obrigatoriedade, ou não, de adotarem sistema de ponto, dentre eles o SREP . O que é levado em conta é, apenas, a quantidade de empregados.

104  –  Entre  filiais  pode  ser  adotado  o  ponto  eletrônico  em  uma  loja  e o  ponto  manual  na  outra?  Ou  seja  empregados da mesma empresa podem ter tipos de pontos diferentes?
Sim. O empregador não é obrigado a utilizar o mesmo sistema em todos os estabelecimentos.

105 – O REP, obrigatoriamente, utilizará o sistema biométrico ou o empregador é livre para escolher outra forma de  identificação?
O empregador é livre para escolher, dentre os REP registrados, o que melhor se adéque às suas necessidades.

106 – Quais os benefícios para o empregado com a implantação da Portaria 1510?
O principal é a segurança jurídica que esse sistema irá proporcionar, haja vista que muitos dos atuais sistemas eletrônicos de ponto proporcionam fraudes, o que vem levando o Poder Judiciário e a fiscalização do trabalho a desconsiderar os registros por ele emitidos. Com o novo sistema, por emitir o comprovante do trabalhador, possuir memória interna protegida, ter sido  submetido  a  teste,  certificação  e  registro,  irá  gerar  dados  confiáveis  aos  órgãos  fiscalizadores  e  ao  Poder  Judiciário.  Enfatizamos, porém, que o empregador não tem a opção de, adotando o sistema eletrônico de ponto, aderir ou não ao sistema regulamentado pela portaria. A opção é quanto ao tipo de sistema, se manual, mecânico ou eletrônico.

107 – Um mesmo empregador poderá ter 2 equipamentos de relógio de ponto, no mesmo CNPJ?
Sim,  o  empregador  tem  de  dimensionar,  de  acordo  com  a  quantidade  de  empregados,  quantos  equipamentos  serão  utilizados.

108 – Um REP foi registrado em um CNPJ e, posteriormente, esse REP irá ser utilizado em uma filial. Isso é possível?  E uma empresa de construção civil que cadastrar um REP em uma obra, informando CNPJ e CEI, poderá utilizá‐lo em outra?
Sim. Basta configurar o REP com a identificação e local da nova obra ou filial e cadastrar os dados de identificação e local da  nova obra ou filial no Cadastro de Sistema de Registro Eletrônico de Ponto ‐ CAREP.

109 – Uma empresa tem a matriz e a filial localizada no mesmo local de trabalho. Pode ser utilizado um REP para os  dois estabelecimentos?
Sim, desde que o REP esteja sempre disponível para os empregados de ambos estabelecimentos.

110 – Uma empresa poderá alugar ou fazer “leasing” de REP de terceirospara utilização em seu sistema de controle  de ponto eletrônico?
Não. O REP contém a MRP – Memória de Registro de Ponto, que se constitui em documento fiscal e, portanto, deve estar sob  a guarda do empregador pelo prazo legal.

111 – O REP pode ser importado? Em caso positivo, qual documentação deve ser exigida?
O REP pode ser importado. A Portaria 1.001/2010 equiparou o importador ao fabricante nacional. Sendo assim, o importador equiparado assume toda a responsabilidade pela fabricaçãode REP e deve cumprir todas as exigências da Portaria 1.510/2009  como se fabricante fosse.

112 – Um representante de um fabricante de REP afirma que seu equipamento já está homologado pelo MTE, mas em consulta à relação dos equipamentos registrados, constata‐se a ausência do REP fabricante. Pergunta-se: pode haver o  caso de um equipamento já estar registrado sem que esteja na lista, disponível no site?
O registro do equipamento no MTE ocorre com a publicação de Portaria no Diário Oficial da União e o imediato incremento na lista disponível no site do MTE. Só após esses procedimentos é que o equipamento pode ser comercializado.

113 – A quem cabe a responsabilidade de registrar o REP no MTE? o fabricante, a revenda ou o empregador?
A responsabilidade é do fabricante do REP, que só pode comercializar o produto após a obtenção do registro.

114 – A quem cabe a responsabilidade de cadastrar o REP no MTE? o fabricante, a revenda ou o empregador?
A responsabilidade é do empregador, que deve cadastrar o equipamento no Cadastro de Sistema de Registro Eletrônico de  Ponto  – CAREP, na página de Internet do MTE.

115 – Um autônomo, que desenvolveu um Programa de Tratamento, pode emitir o atestado técnico e termo de responsabilidade, em seu nome, para a empresa que adquire seu sistema?
Sim, ele deve emitir, mesmo sendo pessoa física.

116 – As empresas fabricantes de Programa de Tratamento precisam cadastrar os programas desenvolvidos?
As empresas desenvolvedoras de sistemas de ponto não têm que se cadastrar, apenas devem fornecer, a seus clientes, o  Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade nos termos da Portaria 1.510/2009.

117 – O empregador terá que comunicar ao MTE o equipamento que será utilizado em seu estabelecimento? Em se tratando de vários estabelecimentos, os equipamentos poderão ser transferidos entre eles livremente?
Sim, o empregador deverá informar, no CAREP, os dados relativos ao REP que irá utilizar. O REP pode ser transferido entre filiais, entretanto o “Local de instalação do REP” deverá ser alterado no REP e no Cadastro de Sistema de Registro Eletrônico  de Ponto ‐ CAREP.

118 – Quanto ao CAREP, o empregador deve fazer seu cadastro quando começar a usar o novo Programa de  Tratamento ou só quando adquirir o REP?
O empregador deve fazer o cadastro quando começar a usar o Programa de Tratamento de Registro de Ponto e, quando adquirir o REP, deve fazer a complementação do cadastro.

119 – O empregador, usuário do REP, deve fazer o cadastramento no sítio do MTE. Isso é o bastante, ou tem de haver algum cadastramento/homologação perante o sindicato?
Perante o MTE, apenas.

120 – O Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade fornecido pelo fabricante do Programa de Tratamento deve ser feito para apenas para Matriz da empresa ou para cada filial?
Se todos os estabelecimentos usarem o mesmo programa, basta um Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade.

121 -Somos uma empresa do ramo sucroalcooleiro e estamos encontrando um problema relacionado com as marcações dos trabalhadores rurais que se encontram nas frentes de trabalho. Necessitamos de um equipamento móvel  ou portátil. Isto viola as normas da portaria?
A questão da utilização de REP nas frentes de trabalho não fixas já foi enfrentada pela Secretaria de Inspeção do  Trabalho na Nota Técnica n. 304. (Clique aqui).

122 – Qual o artigo da portaria 1.510/2009 que veda a utilização de mais de um empregador por REP?
Portaria 1510 informa nos art. 5º e 6º a possibilidade de se cadastrar apenas um empregador por REP. Além disto, o REP possui dados que configuram documento fiscal e, portanto, devem ser guardados pelo empregador proprietário. De  toda forma, há duas exceções a esta regra: 

I – registro de jornada do trabalhador temporário regido pela Lei n. 6.019, de 3 de janeiro de 1974, no REP do tomador de serviços, posto que a subordinação direta por este exercida obriga‐o a atender ao disposto no § 2º do art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho ‐ CLT em relação ao referido trabalhador, sem prática  discriminatória em comparação aos demais empregados; II ‐ empresas de um mesmo grupo econômico, nos termos do § 2º  do art. 2º da CLT, que podem determinar a consignação das marcações de ponto no mesmo REP dos seus empregados que  compartilhem o mesmo local de trabalho ou que estejam trabalhando em outra empresa do mesmo grupo econômico.

123 – No modelo de Espelho de Ponto Pletrônico definido pela Portaria não consta em que local devem ser informados os valores que o empregado irá receber nos diversos eventos, hora extra, adc. noturnos, faltas, horas normais,  etc. Como fazer?
O espelho de ponto deve ser emitido na forma como dispõe o anexo à Portaria 1.510. Outras informações podem ser inseridas em relatórios gerados pelo empregador.

124 – Em quantas vias deve ser impresso o comprovante do empregado?
A impressão é em uma via.

125 – Por quanto tempo o empregado deverá guardar os comprovantes de registro de ponto previsto na Portaria nº  1.510/2009?
Caso o pagamento de suas horas extras e adicionais noturnos tenham sido feitos de forma correta, não haverá necessidade  de guardar o comprovante. Caso o pagamento não seja feito na forma correta, é importante guarda‐lo para efeito de  comprovação em reclamações trabalhistas. O empregado pode reclamar direitos de até 5 anos anteriores.

126 – O papel utilizado na impressão também terá que ter alguma homologação ou aprovação do MTE?
No processo de certificação do equipamento, é verificado o atendimento da Portaria, em relação ao artigo 4º, inciso III, que disciplina a durabilidade da impressão. Portanto, o empregador deverá obter a informação junto ao fabricante do REP das especificações do papel que deverá utilizar e buscar no mercado produto que atenda às mesmas. O empregador é o  responsável caso não utilize o papel recomendado.

127 – Caso o empregado esqueça de marcar entrada/saída, a empresa é obrigada a incluir a marcação faltante?
Sim, se o empregado trabalhou, tem de haver, no Programa de Tratamento, a inclusão da marcação que o empregado deixou de fazer, com a respectiva motivação.

128 – Como serão enviadas as marcações dos trabalhadores no REP para o Programa de Tratamento?
O fabricante do REP é quem define de que forma os dados serão enviados para o Programa de Tratamento, se por pen drive, cabo de rede etc. O empregador escolherá, dentre os equipamentos disponíveis no mercado, o que melhor atende às suas  necessidades.

129 – No caso de professores universitários, que recebem por horas aula dada, será possível a geração do ACJEF  sem a jornada semanal estabelecida?
Não. A forma de pagamento não influencia no controle de jornada.

130 – Se houver necessidade de alteração do PIS do empregado, como o empregador deve proceder?
Deve fazer a alteração de informações do empregado conforme o inciso IV, art. 6º da Portaria 1.510/2009. O Programa de Tratamento deve ser capaz de identificar as marcações de jornada feitas no PIS anterior e atribuir ao empregado com o novo  PIS.

131 – No arquivo txt, gerado pelo REP, além das informações exigidas pela Portaria nº 1.510/2009 poderão ser acrescentadas outras informações do empregado?
Não. O AFD só deve conter as informações previstas na Portaria 1.510.

132 – Caso o empregado não faça uma das marcações no REP, a marcação seguinte será considerada entrada ou saída?
O Programa de Tratamento, e não o REP, interpretará se as marcações são de entrada ou de saída. Caso falte alguma marcação, o empregador poderá inseri-la através do Programa de Tratamento, informando o motivo dessa inclusão.

133 – Como informar as escalas de revezamento no ACJEF? Todos os dias da escala devem ser informados?
Todos os horários contratuais das escalas de revezamento deverão ser informados no ACJEF conforme o item 3.2 do Anexo I da Portaria MTE 1.510/2009.

134 – Nos arquivos AFDT e ACJEF é possível gerar mais de um CNPJ no mesmo arquivo, isto é, gerar mais de um  Registro tipo “1” por arquivo?
Só é possível um CNPJ por arquivo.

135 – Se um grupo tem várias empresas, os arquivos AFDT e ACJEF são únicos para todo o grupo ou são gerados por  empresa?
São gerados por estabelecimento da empresa, identificada pelo CNPJ com 14 posições.

136 – Qual a capacidade de registro para a memória de 1 GB?
Essa informação deve ser obtida com o fabricante do REP.

137 – No Relatório Espelho de Ponto Eletrônico, como preencher a coluna jornada realizada, caso falte alguma  marcação no dia?
Na coluna jornada deve haver a informação já devidamente tratada. Assim, se um trabalhador bateu a entrada e esqueceu de bater a saída para o almoço, haverá o referido horário inserido através da adequada motivação.

138 – Na lista “Horários contratuais do empregado”, devem aparecer todas as escalas de trabalho utilizadas pelo empregado dentro do período?  Se aparecem dois campos de entrada e dois campos de saída para cada horário contratual, como preencher esses campos no caso em que a jornada só tem uma entrada e uma saída?
Sim, devem aparecer todos os horários de trabalho utilizados pelo empregado. Se a jornada for de até 4 horas, não há  intervalo, portanto, basta registro de uma entrada e uma saída, ficando os outros dois campo em branco. Para as demais  jornadas, os horários contratuais devem ser incluídos com os intervalos.

139 – A Portaria nº 1.510/2009 prevê algum tratamento para o banco de horas?
No arquivo ACJEF existe um campo para indicação do saldo de horas a compensar inclusive para efeito de banco de horas.

140 – Como deve ser feito, na implantação do SREP, se o empregado tem saldo no banco de horas? Como informar  esse saldo?
A implantação do SREP não irá alterar o saldo de banco de horas anteriormente existente. Quanto à inclusão da informação do saldo, o fabricante do Programa de Tratamento poderá fornecer a solução. Entretanto, o saldo não será incluído nos arquivos especificados, pois não há campo previsto para essa informação.

141 – Se o empregado por alguma razão realizou apenas as marcações de início e término da jornada, quando deveria ter realizado também as marcações de início e término do intervalo para refeição, estas marcações faltantes poderão ser incluídas entre as duas marcações originais efetuadas pelo empregado?
Sim. As correções deverão ser feitas no Programa de Tratamento com as devidas motivações.

142 – Uma empresa que possua empregados com anotação de jornada de trabalho no REP e também empregados externos que possuam anotação de jornada em papeleta (art. 74, §3º, da CLT), poderá utilizar o mesmo Programa de Tratamento para as duas modalidades de anotação ou a empresa deverá possuir um Programa de Tratamento exclusivo  para o REP?
Pode utilizar o mesmo sistema, motivando adequadamente a inserção dos referidos registros.

143 – Nos casos em que, legalmente, o empregado mantém mais de um contrato de trabalho com o mesmo empregador, como irá ser feita a identificação do contrato a que se refere a marcação de ponto, já que no registro de marcação a identificação do empregado é feita, unicamente, pelo número do PIS? 
Essa identificação deverá ser feita através do Programa de Tratamento.

144 – O empregado que realizar só serviço externo deve ter as informações da papeleta de serviço externo lançadas nos arquivos gerados pelo Programa de Tratamento? E se o empregado trabalha alguns dias internamente, esses dias  dvem ser registrando no REP?
Se for integralmente externo, não tem de ser registrado (obrigatoriamente) no Programa de Tratamento. Se parte do serviço for interno, com a utilização do REP, e parte externo, com a utilização da papeleta de serviço externo, os horários de trabalho externo desse empregado têm de ser lançados no Programa de Tratamento.

145 – O  produtor  rural,  que  possui  2  CEI  no  mesmo  CPF  e  no  mesmo  local,  pode  realizar  a  marcação dos empregados em um REP e separar, no Programa de Tratamento do ponto, os empregados de cada CEI?
Sim.

146 – A empresa que possui mais de um REP pode criar restrição para que determinados empregados só possam  bater o ponto em um REP específico?
Sim, basta que cadastre, em um REP, apenas os empregados que poderão utilizá‐lo. Se o empregador quiser permitir que os  empregados registrem suas jornadas em qualquer REP, terá de cadastrar todos empregados  em todos eles. Observar que deve haver pelo menos um REP sempre disponível para o empregado.

147 – O empregado tem permissão de copiar arquivos eletrônicos do REP via acesso USB?
Não. A porta USB é de uso exclusivo da Auditoria‐Fiscal do Trabalho.

148 – Se o REP possuir diversas formas de idenficação dos empregados (teclado, sistema biométrico e cartão), o empregador pode escolher apenas uma para utilização pelos empregados?
Sim, a forma de identificação é de livre opção pelo empregador.

149 – O REP deve operar, obrigatoriamente, em modo off‐line? Qual a finalidade dessa obrigatoriedade?
Apenas no momento da marcação o REP não pode comunicar‐se com qualquer outro equipamento. Isso ocorre para que não  haja quaisquer interferências externas nesse momento.

150 – A resposta à pergunta 64 deixa claro ser possível a adoção da pré‐assinalação do intervalo‐intrajornada. A  pré-assinalação pode ser usada apenas em relação ao início do intervalo, sendo feito o registro do retorno desse intervalo?  Ou seja, pode haver a pré‐assinalação parcial?
A pré-assinalação do intervalo intrajornada é uma opção legalmente concedida ao empregador. Desde que o empregado  cumpra integralmente o intervalo previsto, a pré-assinalação será necessariamente dos dois horários. Uma vez que o  empregado saia ou retorne em horário diferente do pré‐assinalado, deverá marcá‐lo no REP.  Se o empregador não optar  pela pré‐assinalação, todas as marcações dever ser registradas.

151 – Se o empregado esquecer‐se de marcar o ponto de entrada ou saída do estabelecimento de trabalho, o que a  empresa pode fazer?
Tendo havido trabalho por parte do empregado, o empregador deve proceder, no Programa de Tratamento, o registro da jornada laborada pelo empregado. Encontra-se no âmbito do poder diretivo do empregador a medida a ser adotada quanto  ao comportamento do empregado.

152 – Os exercentes de cargos de confiança como diretores, presidentes, gerentes e outros são liberados do controle de frequência. Mesmo assim eles deverão ser cadastrados no REP?
Não. Os empregados regularmente enquadrados no artigo 62 da CLT não precisam ser registrados no REP, pois eles estão fora do alcance de todo o capítulo da CLT, que trata de jornada de trabalho.

153 – Como proceder com empregados que, por trabalhar externamente, só têm acesso ao relógio na entrada e saída da jornada diária (trabalham e fazem refeição e intervalo de descanso no local de trabalho), podemos ter somente entrada e saída no REP e o intervalo em ficha de trabalho externo com a consequente inclusão manual no Programa de Tratamento? Caso positivo, em possíveis fiscalizações temos que apresentar a ficha de trabalho externo como justificativa  da inclusão manual?
Sim. O empregador, optando pela efetiva marcação do intervalo intrajornada na papeleta de serviço externo, deverá realizar a inclusão dos dados, nela registrados, no Programa de Tratamento e justificar esta inclusão. Sendo a justificativa da inclusão a própria papeleta de serviço externo, esta deverá ser guardada para exibição quando exigida.

154 – Um empregado tem de iniciar seu trabalho às 08:00 da manhã, mas ele costuma chegar às 07:30 da manhã. Como fica o registro eletrônico de ponto? O empregador terá que pagar hora extra a esse empregado?
Quem define o horário de início é o empregador. Se o empregado, efetivamente, inicia sua jornada às 7:30, esse é o horário que deve ser registrado no REP e, se for o caso, será computado como hora extra.

155 – A empresa poderá definir e impor o horário que o empregado irá cumprir?
Sim, no momento da contratação do empregado são definidas as condições contratuais, inclusive quando ao horário de trabalho. O que não pode haver é o bloqueio do sistema de ponto eletrônico, não permitindo que o empregado registre seu  horário  de  trabalho,  quando  ele  ocorre  fora do previsto. Se  o  empregador  permitir  que  o  empregado  adentre  o  estabelecimento para iniciar seu trabalho, o empregado tem de fazer o registro desse horário no REP.

156 – No caso de professor que ministra 4 aulas seguidas no período da noite, se a escola aceitar, ele pode registrar apenas o horário de entrada e o horário de intervalo, sendo o horário da saída apenas pré‐assinalado?
Não. O horário de saída não pode ser pré-assinalado, tem de ser registrado. A pré‐assinalação só é permitida para o intervalo.

157 – Como proceder no caso de empregados que ainda não possuem crachá para efetuar a marcação no relógio eletrônico? Podem essas marcações serem efetuadas manual ou mecanicamente e, posteriormente, ser inseridas no  Programa de Tratamento?
Sim.

158 – Caso a bobina de papel que emite o comprovante a cada batida termine no momento da marcação e, por este motivo, o comprovante não seja emitido, qual será o procedimento?
Caso o empregado já tenha efetuado a marcação do ponto e o papel termine durante a impressão, o REP é bloqueado para novos registros. Ao ser alimentado com papel, o REP imprime o último registro. Em nenhuma hipótese o REP permitirá a  marcação se já estiver sem papel.

159 – No caso de um empregado trocar o dia da folga semanal com outro empregado, como deve ser feito o registro  de ponto?
O registro de ponto deve refletir a jornada efetivamente trabalhada.

160 –  Após  o  empregador  efetuar  seu  cadastro  no  CAREP  é  emitido  algum  documento  comprobatório  deste  registro?
Não. A verificação do regular cadastro do empregador será feito por meio de pesquisa ao CAREP, pelo próprio Auditor‐fiscal do Trabalho, quando da realização de fiscalização. O empregador poderá consultar o CAREP, para verificar se os dados cadastrados estão devidamente registrados.

161 – O empregador que adquirir e cadastrar o REP, poderá repassá‐lo para outra empresa, caso não venha mais a  utilizá‐lo?
Não. O REP contém a MRP – Memória de Registro de Ponto, que se constitui em documento fiscal e, portanto, deve estar sob  a guarda do empregador pelo prazo legal.

162- Quando um empregado vinculado à filial “A” registrar, por exemplo, seu ponto na filial “B”, o comprovante do trabalhador irá conter a identificação de qual estabelecimento? 

A mesma dúvida ocorre no caso de um empregado de um grupo econômico. No comprovante do trabalhador, a identificação corresponderá aos dados do estabelecimento empregador cadastrado no REP. Tal fato não traz consequências negativas para o trabalhador, embora as informações impressas no seu comprovante retratem os dados de um outro empregador, integrante do mesmo grupo econômico ou os de um outro estabelecimento do seu próprio empregador. O Programa de Tratamento de Registro de Ponto é quem irá separar os empregados, dentre os  correspondentes empregadores.

163- Há alguma norma que discipline em qual local do estabelecimento deve ser instalado o REP?Não. Todavia, o REP deve ser instalado em local onde seja garantido o livre acesso dos empregados a ele.

164-O empregador, mediante acordo coletivo com o sindicato da categoria, poderá continuar a utilizar o sistema eletrônico de controle de jornada, até então utilizado?
A Portaria 373/2011 prevê a possibilidade de, mediante acordo coletivo, utilizar sistema alternativo eletrônico de controle de jornada. Ou seja, permite a adoção de sistema eletrônico que não seja o regulado pela Portaria 1.510/2009. Todavia, a Portaria 373/2011 estabelece requisitos mínimos para o sistema alternativo. A verificação da regularidade do sistema alternativo adotado será feito peloAuditor-Fiscal do Trabalho, no momento de fiscalização no estabelecimento do empregador. Caso não atenda aos requisitos estabelecidos na referida Portaria, o sistema será descaracterizado e serão tomadas as medidas aplicáveis ao caso.

165- O sistema alternativo eletrônico de controle de jornada, previsto no artigo 2º. da Portaria 373/2011, será submetido à certificação prévia perante órgãos técnicos e a registro no Ministério do Trabalho e Emprego?
Não. Toda análise de sistemas de controle de ponto não disciplinados pela Portaria 1.510/2009 será feita pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, no momento de fiscalização no estabelecimento do empregador. Caso não atenda aos requisitos estabelecidos na referida Portaria, o sistema será descaracterizado e serão tomadas as medidas aplicáveis ao caso.

166 – O empregador que utiliza o SREP é obrigado a possuir um atestadotécnico e termo de responsabilidade, relativo ao programa de tratamento de registro de ponto, emitido em seu nome?
Sim, conforme dispõe o artigo 19 da Portaria 1.510 de 2009, o empregador só poderá utilizar o “Sistema de Registro  Eletrônico de Ponto -SREP” se possuir os atestados emitidos pelos fabricantes do(s) “Registrador Eletrônico de Ponto – REP” e do “Programa de Tratamento de Registro de Ponto – PTRP” utilizados. Quanto ao PTRP, se o mesmo programa é utilizado  na matriz e filiais de um mesmo empregador, não é necessária a emissão de um atestado do referido programa em nome de cada estabelecimento. No caso de empregadores integrantes de um mesmo grupo econômico e que compartilhem o mesmo PTRP, é dispensável que cada um dos empregadores tenha o atestado técnico individualizado do programa, bastando a  emissão desse atestado em nome do empregador que realiza o processamento dos dados com a utilização do programa de tratamento. Tanto no caso de filial quanto no de grupo econômico, o atestado deve ser apresentado quando solicitado pelo  Auditor-Fiscal do Trabalho em qualquer dos estabelecimentos cujos dados tenham sido processados por PTRP.

167 – No caso de grupo econômico, em que empregados registram seus pontos em REP de outro empregador desse grupo, como serão gerados os arquivos AFDT e ACJEF?
Devem ser gerados apenas um AFDT e um ACJEF, por estabelecimento integrante do grupo econômico. Para a geração desses arquivos, devem ser utilizados todos os AFD colhidos nos REP em que haja marcação dos empregados do estabelecimento. Se o tratamento for feito de forma centralizada, um dos empregadores gera os arquivos AFDT e ACJEF relativos a cada um dos  estabelecimentos integrantes do grupo econômico. Não sendo centralizado, cada um dos empregadores colhe todos os AFD  que  possuam  marcações  dos  seus  empregados  e  gera  os  arquivos  AFDT  e  ACJEF,  onde  constem,  apenas,  os  seus  trabalhadores.

como serão gerados os arquivos AFDT e ACJEF?
Devem ser gerados apenas um AFDT e um ACJEF, por estabelecimento integrante do grupo econômico. Para a geração desses arquivos, devem ser utilizados todos os AFD colhidos nos REP em que haja marcação dos empregados do estabelecimento. Se o tratamento for feito de forma centralizada, um dos empregadores gera os arquivos AFDT e ACJEF relativos a cada um dos  estabelecimentos integrantes do grupo econômico. Não sendo centralizado, cada um dos empregadores colhe todos os AFD  que  possuam  marcações  dos  seus  empregados  e  gera  os  arquivos  AFDT  e  ACJEF,  onde  constem,  apenas,  os  seus  trabalhadores.

168 – A criação do grupo de trabalho,  previsto na Portaria 373/2011, que irá elaborar estudos técnicos com vistas à revisão e ao aperfeiçoamento do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto – SREP afetará o prazo para a utilização  obrigatória do REP?
Não. Nos termos do parágrafo único do artigo 3º da Portaria 917/2011 que dispõe o funcionamento do grupo de trabalho, o prazo não será afetado. 

169 – Um único espelho de ponto pode ser impresso relativamente a mais de um mês? E quanto aos arquivos AFDT  e ACJEF?
Não. Conforme o modelo do espelho, estabelecido no anexo II da Portaria 1.510, o período do espelho deve corresponder à data inicial e à data final de apuração da folha de pagamento. Com relação aos arquivos AFDT e ACJEF estes podem ser  gerados englobando vários períodos.

170 – Até que sua utilização se torne obrigatória, o REP pode ser alterado ou configurado para deixar de imprimir o comprovante do trabalhador? 
Resposta em arquivo anexo.

Fonte: < http://acesso.mte.gov.br/data/files/8A7C816A35F7884401361D15A067540B/TODOS%20NOVO.pdf>.

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